Aos 74 anos, Palestra sonha com acesso e quer fazer história

Neste primeiro de setembro, além do badalado Corinthians, o Palestra de São Bernardo, tradicional equipe do ABC paulista também comemora aniversário. Fundado em 1935, após dissidência com o Esporte Clube São Bernardo, a equipe festeja seus 74 anos com o sonho do acesso para a Série A3 do Campeonato Paulista se tornando cada vez mais real.

Com quatro pontos na liderança do Grupo 15 da terceira fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a equipe de São Bernardo do Campo há tempos não se apresentava tão bem no certame. A última participação destacável foi em 2004, quando se classificou para a segunda fase da competição, da qual foi eliminado.

Apesar do passado recente não trazer grandes momentos, trata-se de uma equipe bastante tradicional em sua cidade. “A lembrança boa que temos é de que jogadores como André Dias (zagueiro do São Paulo, natural de São Bernardo do Campo) jogou aqui, assim como o Zé Roberto (meio-campista ex-Portuguesa, Santos e Seleção Brasileira, atualmente no Hamburgo da Alemanha) e o Zanata, que fez história no Internacional”, enumera Antônio Shank, diretor de futebol.

Além destes nomes lembrados por Shank, outro nascido na cidade e que deu os primeiros passos no clube foi Fabinho, ex-Corinthians e Santos, atualmente no Cruzeiro (MG). No entanto, a história apresenta como ídolos jogadores das primeiras décadas do clube, como Nandinho, que mais vezes vestiu a camisa palestrina e Waldemar Fogosa, considerado o maior craque. Ambos jogaram juntos na década de 40.

Assim como Palmeiras, Cruzeiro (MG) e Coritiba (PR), o então Palestra Itália de São Bernardo também sofreu com a Segunda Guerra Mundial e teve de mudar de nome, após imposição do então presidente Getúlio Vargas. O clube mudou seu nome para Paulista de São Bernardo, até que comprovaram a origem grega da palavra ‘palestra’ e assim, pôde, como faz até os dias atuais, ostentar a homenagem à colônia italiana da população de sua cidade.

Próximo de conquistar uma vaga para a fase semifinal da competição, o treinador Sandro Gaúcho se mostra satisfeito com a campanha. “Fico muito feliz de estar neste projeto e participar desta ótima campanha pelo clube e queremos cumprir este objetivo que é o acesso”, confirma.

Aos 35 anos, Sandro acredita que sua experiência de feitos históricos na região, pode ajudar. “Falo muito sobre isso com os jogadores. Eu fui vice-campeão com o São Caetano na Copa João Havelange (em 2000) e depois campeão da Copa do Brasil com o Santo André”, recorda. “Temos de ter isso na cabeça, essa vontade de fazer história”, completa Sandro.

Fonte: FPF